Ando com este post alinhavado há algum tempo, e depois de ver uma notícia sobre o despedimento de uma empregada de uma loja, por dizer a uma criança que o Pai Natal não existe, decidi voltar a ele.
O Martim tem 8 anos, e desde que nasceu, o Pai Natal deixa sempre um presente na noite de 24 para 25 de Dezembro. Todos anos a mesma história, antes de subir para o quarto, no dia 24 á noite abrimos a porta da lareira, e num banquinho deixamos-lhe ficar um copinho de leite de umas bolachas, durante a noite, desce pela chaminé, e sem ninguém o ver, deixa na árvore um presente para cada um de nós.
Há anos, em que alguém consegue jurar que ouviu os sininhos a tocar, mas nunca, ninguém o conseguiu ver. Da minha parte, só me queixo que deixa o chão sujo de cinzas e migalhas das bolachas (Querido Pai Natal, vai haver um ano que vou deixar também uma pá e uma vassoura 😉 ). Então, cá em casa, o Pai Natal é responsável por um presente, que é aberto no dia 25 de manhã, mas no dia 24, toda a família é convidada a partilhar presentes entre si. Tem sido assim desde 2009, e assim será enquanto ele quiser.
E se o ano passado, ligou pouco ao Pai Natal dos shoppings, este ano, não se calou enquanto não o levamos ao Almada Fórum, naquela que já é uma tradição nossa.
(a jogar pelo seguro pede sempre um livro e o Livro do Gui já faz parte da biblioteca cá de casa desde 2009)
Quando fomos ver o Coco, ele viu na publicidade que o número do Pai Natal tinha sido descoberto, e mal saiu da sala de cinema, pediu-me o telefone e marcou o famoso 935 007 070, o que aí ouviu guardou para ele, e ficou por ali. Mas, a meio do dia 24, o telefone tocou numa chamada iniciada pelo número do Pai Natal, e quando lhe passei o telefone, todo ele tremelicou. Parabéns á marca, que teve uma ideia de génio, e não há quem tenha ficado indiferente.
Se para os mais novos o Pai Natal é um velhinho, gordinho, de barbas brancas e vestido de vermelho, que lhes trás o presente mais desejado, para nós, adultos, deixa de haver uma personificação e essa imagem é substituída por sentimentos, por ter á mesa quem mais gostamos, por desligar telefones, por recordar memórias, e dar a conhecer novidades.
No que depender de mim, o Martim vai acreditar no Pai Natal ad aeternum deixando-o completamente á vontade, para lhe dar forma daquilo que quiser, e que mais o fizer feliz.
Porque a mim, ele é definitivamente parte, do meu Pai Natal.